Cinco visões sobre a lista de Fachin
Docentes apontam fim de pacto social, retrocesso, deterioração do Estado, percepção de desmonte geral e reformas na berlinda
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“Esta é uma tragédia que vem sendo anunciada há muito tempo. O país
está em situação de quase ilegalidade, de muito pouco exercício legítimo
do poder, tanto no Executivo e Legislativo, como no Judiciário. Há um
debate público que não deveria existir, muitos juízes falantes.
Infelizmente, na última fase da Lava Jato e da crise que sucedeu o
impeachment de Dilma, os juízes frequentaram muito mais a mídia que
artistas. Vivemos um estado de anomia. Segundo [Émile] Durkheim, quando
não há normas vigentes, não se obedece a normas e padrões éticos.
Além disso, as reações são cínicas, como sempre. Há uma negação dos padrões éticos mínimos de responsabilidade. Paulinho da Força diz que tem prestígio é quem está na lista. É de um cinismo atroz. Deviam estar todos cobertos de cinza para explicar o que fizeram e estão fazendo. Boa parte dos analistas e da mídia está mais preocupada com as reformas, deixando passar coisas que vêm dessa prática perniciosa da compra de votos, com bilhões em emendas para aprovar a reforma da Previdência e outras reformas.
Estamos chegando ao resultado mais catastrófico do modelo politico
brasileiro, que é o apodrecimento geral do Estado brasileiro. Não há
muita luz após essa situação. Esse passo monstruoso da lista anuncia a
derrocada inédita do que sobrou de legitimidade do STF. É o anúncio dos
fins dos tempos, do apocalipse. Necessitamos de uma mudança radical, de
uma nova Constituição e de um novo modelo de Estado”.
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