Flores

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sábado, 17 de junho de 2017

Um cidadão decepcionado.



Ao
Presidente Nacional do PSDB
Senador Tasso Jereissati

Reformas, que reformas
O que se pretende, contribuir para o país ou a projetos pessoais?
O que se pretende, salvar cabeças ou resgatar a ética pública?
Havendo dúvidas, nada melhor do que revisitar a razão de ser, do existir

“Longe das benesses oficiais, mas perto do pulsar das ruas, nasce o novo partido”, o PSDB, fundado no combate à corrupçõo e ao fisiologismo representados à época pelos métodos quercistas do PMDB paulista. Liderado por grandes democratas, mas sem caciques, nomes de dimensão hoje rarefeita, evoluiu grangeando respeito junto à população. Partido de coragem cívica, pautou suas administrações iniciais pelo compromisso com projetos fundamentais, nem sempre simpáticos, mas fiel ao que considerava ser o melhor para o país.

Igual compromisso assumiu, após o impeachment da Dilma, com a recondução ao bom rumo, apoiando desde o inicio a solução constitucional representada pelo Temer. Passado um ano, apesar da economia mostrar alguns sinais de progresso graças a competência da equipe economica, assiste-se o governo perder a cada dia credibilidade, consequência dos hábitos e costumes disseminados na prática politica e importados para dentro do governo pelo presidente e seu staff politico, viciados no hábito do cachimbo. Engolfados nos malfeitos, como em areia movediça, mais atolam-se a cada movimento, consequencia das maus costumes, exponencialmente agravados pelo negacear incompetente. A falta de grandeza para sobrepor o interesse nacional ante os próprios, faz o governo priorizar a propria sobrevivência, mercandejando apoios através da troca de benesses incompatíveis com a esquecida proposta inicial de reconduzir o país aos trilhos.

Somente não vê quem não quer, o sentimento de repúdio por toda a população que já cravou sua repulsa a esse governo inconsistente e desonesto liderado por gatunos.

Daí todos, adeptos e adversários, se voltam à expectativa de qual atitude tomará o PSDB, muleta maior de um governo em decomposição.

Após muito protelar imerso na indecisão, por confundir propostas nacionais com projetos pessoais, a Executiva Nacional resolve permanecer no governo, d
ecisão subordinada a cálculos menores de manutenção de projetos políticos personalistas e no salvamento de reputações naufragadas nas mesmas práticas antônimas à sua razão de ser, do seu existir.
E todos perguntam se ouvidos moucos não percebem mais o pulsar das ruas ou, escravos da própria pequenez, preferem trair os ideais dos muitos que já não estão entre nós.

Que ilusão essa, pensar que haveria alguma chance para a traição a princípios, a candidaturas sem mensagem.

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