Ao
Presidente Nacional do PSDB
Senador Tasso Jereissati
Reformas, que reformas
O que se pretende, contribuir para o país ou a projetos pessoais?
O que se pretende, salvar cabeças ou resgatar a ética pública?
Havendo dúvidas, nada melhor do que revisitar a razão de ser, do existir
“Longe das benesses oficiais, mas perto do pulsar das ruas, nasce o novo partido”, o PSDB,
fundado no combate à corrupçõo e ao fisiologismo representados à época
pelos métodos quercistas do PMDB paulista. Liderado por grandes
democratas, mas sem caciques, nomes de dimensão hoje rarefeita, evoluiu
grangeando respeito junto à população. Partido de coragem cívica, pautou
suas administrações iniciais pelo compromisso com projetos
fundamentais, nem sempre simpáticos, mas fiel ao que considerava ser o
melhor para o país.
Igual compromisso assumiu, após o impeachment da Dilma, com a
recondução ao bom rumo, apoiando desde o inicio a solução
constitucional representada pelo Temer. Passado um ano, apesar da
economia mostrar alguns sinais
de progresso graças a competência da equipe economica, assiste-se o
governo perder a cada dia credibilidade, consequência dos hábitos e
costumes disseminados na prática politica e
importados para dentro do governo pelo presidente e seu staff politico,
viciados no hábito do cachimbo. Engolfados nos malfeitos, como em areia
movediça, mais atolam-se a cada movimento, consequencia das maus
costumes, exponencialmente agravados pelo negacear incompetente. A falta
de grandeza para sobrepor o interesse nacional ante os próprios, faz o
governo priorizar a propria sobrevivência, mercandejando apoios através
da troca de benesses incompatíveis com a esquecida proposta inicial de reconduzir o país aos trilhos.
Somente
não vê quem não quer, o sentimento de repúdio por toda a população que
já cravou sua repulsa a esse governo inconsistente e desonesto liderado
por gatunos.
Daí todos, adeptos e adversários, se voltam à expectativa de qual atitude tomará o PSDB, muleta maior de um governo em decomposição.
Após muito protelar imerso na indecisão, por
confundir propostas nacionais com projetos pessoais, a Executiva
Nacional resolve permanecer no governo, d
ecisão subordinada a cálculos
menores de manutenção de projetos políticos personalistas e no salvamento de reputações naufragadas nas mesmas práticas antônimas à sua razão de ser, do seu existir.
E
todos perguntam se ouvidos moucos não percebem mais o pulsar das ruas
ou, escravos da própria pequenez, preferem trair os ideais dos muitos
que já não estão entre nós.
Que ilusão essa, pensar que haveria alguma chance para a traição a princípios, a candidaturas sem mensagem.
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