Um Blog destinado a discutir assuntos de ordem institucional, política, ética, longe do inferno definido nas supostas redes sociais, onde a covardia, a irresponsabilidade, o ressentimento e todas as paixões baixas se manifestam. Aqui, procuro pensar, sem ferir ou humilhar ninguém. Na internet, sobretudo nas mentirosas páginas "sociais", encontramos a besta fera descrita por Platão (Rep.. 588c): θηρίου ποικίλου καὶ πολυκεφάλου. Lúcido Platão!
Flores
Flores
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
“Tostados, assados e grelhados” Professor Luiz Marques, Jornal da Unicamp
Luiz Marques é professor livre-docente do Departamento de História do IFCH /Unicamp. Pela editora da Unicamp, publicou Giorgio Vasari, Vida de Michelangelo (1568), 2011 e Capitalismo e Colapso ambiental, 2015, 2a
edição, 2016. Coordena a coleção Palavra da Arte, dedicada às fontes da
historiografia artística, e participa com outros colegas do coletivo Crisálida, Crises SocioAmbientais Labor Interdisciplinar Debate & Atualização (crisalida.eco.br).
“Como
disse antes, se não fizermos nada a respeito da mudança climática,
seremos tostados, assados e grelhados num horizonte de tempo de 50 anos.
(...) Se não encararmos essas duas questões – mudança climática e
desigualdade crescente – avançaremos a partir de agora em direção a
sombrios 50 anos” [I].
Quem fala é Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário
Internacional, durante um painel da Future Investment Initiative,
ocorrido em 25 de outubro em Riad, na Arábia Saudita.
É positivo que o FMI funcione como uma caixa
de ressonância da ciência e que junte sua voz ao coro dos alertas sobre a
situação-limite em que a humanidade e a biosfera se encontram. Mas o
FMI é o primogênito e um dos principais gendarmes da ordem econômica
internacional que está condenando os homens e a biosfera a serem
“tostados, assados e grelhados num horizonte de tempo de 50 anos”. Não
tem, portanto, autoridade moral para emitir alertas desse gênero. “Como
disse antes”, afirma acima Lagarde... De fato, já em 2012, às vésperas
da Rio+20, ela havia declarado num encontro do Center for Global
Development, em Washington, que “a mudança climática é claramente um dos
grandes desafios de nosso tempo, um dos grandes testes de nossa
geração. Para os mais pobres e mais vulneráveis do mundo, a mudança
climática não é uma possibilidade distante. É uma realidade presente” [II].
E anunciava então que o FMI desenvolveria pesquisas e daria suporte
analítico aos países com políticas de redução de emissões de gases de
efeito estufa (GEE), em particular através de instrumentos fiscais, como
precificação do carbono e eliminação dos subsídios. Passados cinco
anos, eis o que aconteceu: 1. Os subsídios à indústria de combustíveis
fósseis continuam a crescer. Em 2013, eles montavam a US$ 4,9 trilhões e
em 2015 atingiram US$ 5,3 trilhões, ou 6,5% do PIB mundial, segundo um
estudo recente. “A eliminação desses subsídios”, afirmam seus autores,
“teria reduzido as emissões de carbono, em 2013, em 21%, e em 55%, as
mortes por poluição causada pela queima de combustíveis fósseis, ao
mesmo tempo em que teria elevado a renda em 4% do PIB global e o
bem-estar social em 2,2%” [III]. Se entendidos stricto sensu,
ou seja, como privilégio fiscal ou transferência de recursos estatais
para essa indústria, os subsídios dos governos do G20 – os mesmos que
prometeram seu fim em 2009 – montavam em 2015 a US$ 444 bilhões [IV]. 2. Imposto sobre a emissão de carbono (carbon tax).
A segunda medida apoiada por Lagarde era a precificação adequada do
carbono: “corrigir seus preços significa usar uma política fiscal capaz
de garantir que o malefício que causamos reflita-se nos preços que
pagamos” [V]. Tal imposto foi sugerido já em 1973 por David Gordon Wilson [VI],
do MIT, e reproposto agora, pela enésima vez, por 13 economistas, no
âmbito de uma iniciativa presidida por Joseph Stiglitz e Sir Nicholas
Stern [VII].
O estudo sugere que este seja em 2020 de 40 a 80 dólares por tonelada
de CO2 emitido e, em 2030, de 50 a 100 dólares. Não se sabe em quanto
esse imposto, se adotado, contribuiria para a redução das emissões de
GEE. Mas se sabe que o FMI em nada tem contribuído para viabilizá-lo. De
resto, em março último, Trump descartou-o e sem o apoio dos EUA, um dos
maiores produtores mundiais de petróleo, ele parece hoje mais
irrealista que nunca. Leonardo Martinez-Diaz, do World Resources
Institute, percebe bem a hipocrisia do FMI: “Uma das funções centrais do
FMI é a vigilância macroeconômica. (...) O Fundo deveria colocar o
risco climático no diálogo com os Estados, como um item formal de suas
consultas”. E, sobretudo, “considerar as despesas em resiliência como
investimentos dos Estados devedores” [VIII]. Mas isso Christine Lagarde não fez, e não fará, porque prejudicaria os interesses dos credores. Voluntários
posam nus, na geleira de Aletsch, nos Alpes suíços, durante campanha
ambiental sobre o aquecimento global, em 2007 | Foto: Reprodução |
Greenpeace Quatro décadas de alertas científicos Se é nula a credibilidade do FMI no que se
refere à sua contribuição para mitigar essa situação extremamente grave,
isso não altera o fato de que o diagnóstico de Lagarde baseia-se no
mais consolidado consenso científico. Há décadas a ciência adverte que o
aquecimento continuado da atmosfera e dos oceanos – causado sobretudo
pela queima de combustíveis fósseis, pelo desmatamento e pelo surto
global de carnivorismo – lançaria o século XXI num série de crescentes
desastres sociais e ambientais. Quase quatro décadas atrás, em 1981,
quando o aquecimento global era ainda de apenas 0,4o C acima dos anos
1880, James Hansen e colegas afirmavam num trabalho da Science [IX]: “Efeitos potenciais sobre o clima no século XXI incluem a
criação de zonas propensas a secas na América do Norte e Ásia Central
como parte de uma mudança nas zonas climáticas, erosão das camadas de
gelo da Antártica com consequente elevação global do nível do mar e a
abertura da famosa passagem do Noroeste [no Ártico]. (...) O aquecimento
global projetado para o próximo século é de uma magnitude quase sem
precedentes. Baseados nos cálculos de nosso modelo, estimamos que ele
será de ~2,5o C para um cenário com lento crescimento de energia e um
misto de combustíveis fósseis e não fósseis. Esse aquecimento excederia a
temperatura durante o período antitermal (6.000 anos atrás) e o período
interglacial anterior (Eemiano) e se aproximaria da temperatura do
Mesozoico, a idade dos dinossauros”. Entre 1984 e 1988, James Hansen depôs três
vezes no Senado dos Estados Unidos. Na última vez, diante de 15 câmaras
de televisão, projetou cenários de aquecimento global de até 1,5o C em
2019 em relação à média do período 1951-1980, como mostra a Figura 1,
reproduzida a partir desse histórico documento de 1988. Figura 1 – Projeção de aquecimento médio superficial global até 2019, segundo três cenáriosO
Cenário A supõe uma taxa de aumento das emissões de CO2 típica dos 20
anos anteriores a 1987, isto é, um crescimento a uma taxa de 1,5% ao
ano. O Cenário B assume taxas de emissão que estacionam aproximadamente
no nível de 1988. O Cenário C é de drástica redução dessas emissões
atmosféricas no período 1990 – 2000. A linha contínua descreve o
aquecimento observado até 1987. A faixa cinza recobre o nível pico de
aquecimento durante os períodos Antitermal (6.000 anos AP) e Eemiano
(120.000 anos AP). O ponto zero das observações é a média do período
1951-1980. Fonte: “The Greenhouse Effect: Impacts on Current Global Temperature and Regional Heat Waves”, figura 3. Documento apresentado ao Senado por James Hansen em 1988. Veja-se: https://climatechange.procon.org/sourcefiles/1988_Hansen_Senate_Testimony.pdf As projeções de Hansen são uma das mais
espetaculares demonstrações de inteligência do sistema Terra na história
recente da ciência, que só hoje podemos aquilatar em sua real dimensão.
Seus Cenários A e B anteciparam a uma distância de 30 anos um
aquecimento médio global entre ~1,1o C e 1,5o C. Foi exatamente o que
aconteceu, como mostra a Figura 2 Figura 2 – Temperaturas superficiais globais em relação ao período de base 1880-1920 | Fonte:Earth Institute. Columbia UniversityComo
se vê, desde 1970 as temperaturas médias globais têm se elevado 0,18o C
por década e em 2016 elas atingiram +1,24o C em relação a 1880-1920.
Mantida a aceleração do aquecimento médio global observada no triênio
2015-2017 (~0,2o C), deveremos atingir ou estar muito próximos, em 2019,
do nível de aquecimento previsto no pior cenário assumido por James
Hansen e colegas.
Energias fósseis x energias renováveis e de baixo carbono Naturalmente, quem está no controle do mundo
não se interessa por acurácia científica, quando esta interfere em seus
planos de negócios. Os alertas de toda uma legião de cientistas no mundo
todo continuam a se espatifar contra o muro inexpugnável das
corporações, que impuseram e continuam a impor à humanidade e à biosfera
o “Cenário A” previsto por James Hansen. Os números, melhor que
quaisquer argumentos, revelam a extensão do crime: desde 1988, data do testimony de Hansen no Senado dos EUA, mais CO2 foi lançado na atmosfera do que entre 1750 e 1987, como mostra a Figura 3 Figura 3 – Emissões
industriais de CO2 entre 1751 e 2014. De 1751 a 1987 foram emitidas 737
Gt (bilhões de toneladas). Entre 1988 e 2014 foram emitidas 743 Gt. | Fonte:T. J. Blasing, “Recent Greenhouse Gas Concentrations”. Carbon Dioxide Information Analysis Center (CDIAC), Abril, 2016, baseado em Le Quéré et al. (2014) e Boden, Marland e Andres (2013).Em
2017 teremos já ultrapassado 800 Gt de CO2 emitidos na atmosfera em
quarenta anos. As corporações que lucram com essas emissões e com a
destruição das florestas – em especial os xifópagos Big Oil & Big Food
– venceram e continuam vencendo. Em Riad, na semana passada, Christine
Lagarde acrescentou que “as decisões devem ser imediatas, o que
provavelmente significará que nos próximos 50 anos o petróleo se tornará
uma commodity secundária”. Foi contradita por Amin Nasser,
presidente da estatal Saudi Arabian Oil Company (Aramco): “Alternativas,
carros elétricos e renováveis estão definitivamente ganhando
participação no mercado e estamos vendo isso. Mas décadas serão ainda
necessárias antes que assumam uma participação maior na oferta de
energia global” [X]. Mantido o paradigma expansivo do capitalismo
(obviamente dependente das reservas restantes de petróleo, algo
incerto), o prognóstico de Amin Nasser afigura-se mais credível que o de
Christine Lagarde. Ele ecoa a convicção de seus pares de que a
hegemonia dos combustíveis fósseis não será sequer ameaçada, quanto
menos superada, por energias de baixo carbono pelos próximos dois ou
três decênios. Barry K. Worthington, diretor da toda poderosa United
States Energy Association, afirma, e é fato, que “nenhuma projeção
credível” mostra uma participação menor que 40% dos combustíveis fósseis
em 2050 [XI].
Mesmo o carvão, cujo declínio iniciado nos dois últimos anos parecia a
muitos ser irreversível, resiste. Nos EUA, sua produção em 2017 será 8%
maior que em 2016 [XII].
No mundo todo havia, em outubro de 2017, 154 unidades termelétricas
movidas a carvão em construção e 113 em expansão, um número ainda
superior ao das unidades que estão sendo desativadas [XIII]. Um argumento em favor da ideia de uma ainda
longa hegemonia futura dos combustíveis fósseis provém de um trabalho de
três pesquisadores da Universidade de Bergen, na Noruega [XIV].
Os autores partem da constatação de que em 2015 o consumo energético
global foi de 17 Terawatts (TW), dos quais apenas 3,9% (0,663 TW)
provieram de energias eólica (0,433 TW) e fotovoltaica (0,230 TW).
Assumem em seguida a projeção de que esse consumo quase dobre em 2050,
atingindo 30 TW. Detectam então indícios de que a taxa de crescimento
das energias eólica e fotovoltaica comece a declinar já ao longo da
próxima década, saturando sua capacidade instalada não acima de 1,8 TW
em 2030, o que as levaria a assumir a forma da curva de uma função
logística ou sigmóide (em “S”), como mostra a Figura 4. Figura 4 – Capacidade instalada global total de energia eólica e fotovoltaica (pontos verdes)
A linha contínua é a do modelo logístico (curva sigmóide), semelhante à
evolução das energias hidrelétrica e nuclear. As linhas pontilhadas
indicam um intervalo de confiança de 95%. O ponto vermelho indica os
prognósticos das associoções de acionistas. O quadro inserido mostra o
declínio previsto das taxas de crescimento dessas energias. | Fonte: J.P. Hansen, P.A. Narbel, D.L. Aksnes, “Limits to growth in the renewable energy sector”. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 70, IV/2017, pp. 769-774. A COP 23 e a “catastrófica brecha climática” Como se sabe, abre-se hoje, 6 de novembro de
2017, em Bonn, mais uma reunião anual da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre as Mudanças Climáticas (UNFCCC), a 23ª Conferência das
Partes (COP23). Sua agenda central será fazer avançar as diretrizes (rule-book)
de implementação do Acordo de Paris, preparadas por um grupo de
trabalho – o Ad-hoc Working Group on the Paris Agreement (APA) –,
coordenado pela Nova Zelândia e pela... Arábia Saudita. Por improvável
que seja a projeção de Christine Lagarde de que “nos próximos 50 anos o
petróleo se tornará uma commodity secundária”, suas declarações
na capital mundial do petróleo têm o mérito de reforçar o senso de
urgência requerido para mais essa rodada de negociações. Esse senso de
urgência é mais que nunca necessário, pois o contexto político e
ambiental em que se abre a COP23 não poderia ser mais adverso, como bem
indica o quadro atual de bloqueio do Acordo, em contraste com a
angustiante aceleração da degradação ambiental nos últimos meses: 1. Quase dois anos após sua assinatura, o Acordo de
Paris não foi ainda ratificado (i.e., não está em vigor) por 13 países
produtores e detentores das maiores reservas mundiais de petróleo,
conforme mostra a tabela abaixo Fontes: Paris Agreement - Status of Ratification U.S. | EIA Production of Crude Oil including Lease Condensate 2016A
esses 13 países que não ratificaram o Acordo, acrescentam-se os EUA, em
vias de deixá-lo. De modo que mais de um terço da produção mundial de
petróleo encontra-se em nações que não reconhecem oficialmente o Acordo
de Paris, e não o reconhecem, declaradamente ou não, porque não têm
intenção de diminuir sua produção. (2) Em julho, reunido na China, o G20 deu uma
demonstração de fraqueza ou de oportunismo ao ceder às pressões dos EUA
e da Arábia Saudita para eliminar de sua declaração conjunta final
qualquer menção à necessidade de financiar a adaptação dos países pobres
às mudanças climáticas, condição de possibilidade do Acordo de Paris [XV]. (3) Em 18 de outubro passado, o Global Forest
Watch revelou que em 2016 foram destruídos globalmente 297 mil km2 de
florestas pelo avanço da agropecuária, da mineração, da indústria
madeireira e de incêndios mais devastadores, criminosos e/ou exacerbados
pelas mudanças climáticas [XVI]. Trata-se de um recorde absoluto em área destruída e de um recorde no salto de 51% em relação a 2015, como mostra a Figura 5. Figura 5 – Perdas de cobertura florestal global de 2011 a 2016 | Fonte:Global Forest Watch
(4)
Em 30 de outubro, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) reconheceu
um avanço de 3,3 ppm (partes por milhão) nas concentrações atmosféricas
de CO2 no intervalo de apenas 12 meses. Essas concentrações “deram em
2016 um salto, numa velocidade recorde, atingindo seu mais alto nível em
800 mil anos”. Desde 1990, afirma o boletim da OMM, houve um aumento de
40% na forçante radiativa total (o balanço entre a energia incidente e a
energia refletida de volta para o espaço pelo sistema climático da
Terra) causada pelas emissões de GEE, e um aumento de 2,5% apenas em
2016 em relação a 2015 [XVII].
(5) Enfim, o oitavo Emissions Gap Report,
de 2017, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA), adverte que as reduções de emissões de GEE acordadas em Paris
estão muito aquém do requerido para conter o aquecimento médio global
abaixo de 2o C ao longo deste século. Como faz notar Erik Solheim,
diretor do (PNUMA), “as promessas atuais dos Estados cobrem não mais que
um terço das reduções necessárias. (...) Os governos, o setor privado e
a sociedade civil devem superar essa catastrófica brecha climática” [XVIII].
E reafirma que, se os compromissos nacionais (NDCs) forem
implementados, chegaremos ao final deste século com um aquecimento médio
global de cerca de 3,2o C (2,9o C a 3,4o C). Mas os governos estão
descumprindo até mesmo esse terço por eles prometido em 2015. Segundo
Jean Jouzel, ex-vice-presidente do IPCC, “os primeiros balanços das
políticas nacionais mostram que, globalmente, estamos abaixo dos
engajamentos assumidos em Paris. E sem os EUA, será muito difícil pedir
aos outros países que aumentem suas ambições. (...) Para manter alguma
chance de permanecer abaixo dos 2o C é necessário que o pico das
emissões seja atingido no mais tardar em 2020” [XIX].
Não há que se preocupar. Faltam ainda mais de dois anos...
[I]Citado em Anmar Frangoul, “IMF’s Lagarde: If nothing is done about climate change, we will be ‘toasted, roasted and grilled’.” CNBC, 25/X/2017: "As
I've said before, if we don't do anything about climate change now, in
50 years' time we will be toasted, roasted and grilled. (…) If we don't
address those two issues — of climate change and growing inequalities —
we will be moving towards a dark 50 years from now".
[II]
Cf. Lawrence MacDonald, “IMF Chief Warns of Triple Crisis – Economic,
Environment, Social – Details IMF Actions to Help on Climate”. Center
for Global Development, 12/VI/2012.
[III] Cf. David Coady, Ian Parry, Louis Sears, Baoping Shang, “How Large Are Global Fossil Fuel Subsidies?”. World Development,
91, 17/III/2017. Para os autores, subsídios ocorrem: “when consumer
prices are below supply costs plus environmental costs and general
consumption taxes”.
[IV] Cf. Elizabeth Bast, Alex Doukas, Sam Pickard, Laurie van der Burg & Shelagh Whitley, Empty Promises. G20 Subsidies to Oil, Gas and Coal Production”, Novembro de 2015, p. 9 (em rede).
[V] Citado por Lawrence MacDonald (cit.).
[VI]Cf. Chris Berdik, “The unsung inventor of the carbon tax”. The Boston Globe, 10/VIII/2014.
[VII] Cf. Carbon Price Leadership Coalition (World Bank), Report of The High-Level Commission on Carbon Prices. 29/V/2017 (em rede).
[VIII]
Cf. Leonardo Martinez-Diaz, “The IMF and Climate Change: Three Things
Christine Lagarde Can Do to Cement Her Legacy on Climate”. World Resources Institute, 10/X/2017.
[IX] Cf. J. Hansen et al., “Climate Impact of Increasing Atmospheric Carbon Dioxide”. Science, 213, 4511, 28/VIII/1981.
[X] Citado por A. Frangoul (cit.).
[XI] Citado por Lisa Friedman, “Trump Team to Promote Fossil Fuels and Nuclear Power at Bonn Climate Talks”. The Washington Post, 2/XI/2017.
[XII] Cf. U.S. Energy Information Administration, Short-Term Energy Outlook, Coal, 11/X/2017 (em rede).
[XIII] Cf. Adam, Morton, “The world is going slow on coal, but misinformation is distorting the facts”. The Guardian, 16/X/2017: “More coal-fired capacity is still being built than closed each year, though the gap has narrowed significantly”.
[XIV] Cf. J.P. Hansen, P.A. Narbel, D.L. Aksnes, “Limits to growth in the renewable energy sector”. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 70, IV/2017, pp. 769-774.
[XV] Cf. John Sharman, “US ‘forces G20 to drop any mention of climate change’ in joint statement”. The Independent,18/III/2017.
[XVI] Cf. Mikaela Weisse & Liz Goldman, “Global Tree Cover Loss Rose 51% in 2016”, GFW, 18/X/2016.
[XVII] “Greenhouse gas concentrations surge to new record”. World Meteorological Organisation, 30/X/2017.. [XVIII] Cf. Erik Solheim, The Emissions Gap Report 2017. A UN Environment Synthesis Report, p. XIII. [XIX] Cf. Pierre Le Hir, “Réchauffement climatique: la bataille des 2o C est presque perdue”. Le Monde, 31/XII/2017.
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