Trump critica imigrantes que vêm de ‘países de m...’
Presidente usa linguagem grosseira ao dizer que EUA deveriam receber noruegueses, e não haitianos ou africanos
O Estado de S.Paulo
12 Janeiro 2018 | 00h13
12 Janeiro 2018 | 00h13
WASHINGTON - O presidente Donald Trump manifestou nesta
quinta-feira sua frustração com a questão da imigração durante encontro
com congressistas no Salão Oval, quando eles discutiam sobre garantir a
entrada nos EUA de imigrantes do Haiti, de El Salvador e de países africanos, como parte de um acordo migratório.
“Por que estamos recebendo todas essas pessoas de países de
m...”, disse o presidente, referindo-se aos imigrantes dos países
citados pelos congressistas. Então, Trump sugeriu que os EUA poderiam
trazer mais pessoas de países como a Noruega, cuja primeira-ministra ele
recebeu na quarta-feira. O presidente, segundo um funcionário da Casa
Branca, também sugeriu que os EUA poderiam receber mais imigrantes de
países asiáticos, pois eles poderiam ajudar os EUA economicamente.
+ Haitianos dos EUA repudiam decisão de Trump de revogar vistos temporários
Trump
citou explicitamente o Haiti ao dizer aos congressistas que os
imigrantes desse país deveriam ser deixados de fora de qualquer acordo,
disseram as fontes. “Por que precisamos de mais haitianos?”, questionou
Trump, segundo pessoas que participaram da reunião. “Deixe-os fora”,
acrescentou.
Os congressistas americanos ficaram chocados com os
comentários, disseram pessoas que presenciaram as reações. Os senadores
Lindsey Graham (republicano) e Richard Durbin (democrata) propuseram
cortar em 50% o programa de sorteio de permanências e dar prioridade aos
países que já estão no sistema, disse um funcionário da Casa Branca.
Repressão. Uma porta-voz presidencial
defendeu a posição de Trump sobre a imigração, sem mencionar diretamente
as declarações do presidente. Durante sua campanha e presidência Trump
adotou duras posições sobre a imigração, prometendo construir um muro na
fronteira com o México e reduzir à metade a imigração legal, entre
outras posições.
Funcionários do Departamento de Segurança Interna dos
EUA ampliaram as operações anti-imigração desde o início do mandato de
Trump. Esta semana, dezenas de lojas de conveniência da rede 7-Eleven em
17 Estados foram alvo das operações. Os donos das franquias são
acusados de contratar imigrantes em situação ilegal. / W. POST
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