Flores

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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

No link abaixo, o leitor encontrará um artigo meu, publicado na Revista USP, sobre o tema da monstruosidade. Tal assunto me levou a publicar também um livro inteiro, intitulado Moral e Ciência (ed. Senac). Antes, dei uma entrevista à Revista Caros Amigos, na qual denunciava as capelas e quadrilhas universitárias que se apropriam de modo anônimo de recursos públicos, em proveito próprio e não da pesquisa. Sabia que a reação estava para chegar, pois os sectários não perdoam. Assim, quando pedi a renovação de minha bolsa de pesquisador A, do CNPq, recebi um "parecer"que me atacava pessoalmente e dizia que o meu texto era o de um preguiçoso, indolente, etc. Tudo covardemente coberto pelo anonimato quadrilheiro. Dizia o bandido que escreveu o parecer que minha bibliografia era diminuta, etc. Pelo artigo posto no link abaixo, no qual apenas parte da bibliografia e das análises foi posta, será possível julgar sobre o aporte bibliográfico que estava posto no relatório. Escrevi uma longa carta ao presidente do CNPq, mostrando a vileza e a falta de ética do parecer. O presidente me ofereceu o básico, a possibilidade de recorrer. Não o fiz, porque sabia perfeitamente que o atrevimento do suposto parecerista estava baseado no apoio de muitos caciques acadêmicos, com forte influência no CNPq e outras agências de financiamento à pesquisa. A perseguição não se limitou à minha pessoa. Orientandos meus tiveram bolsas cortadas ou negadas a partir da entrevista à Caros Amigos. Peço ao leitor honesto que leia o artigo e diga a si mesmo se de fato se trata de uma pesquisa indolente e preguiçosa. Eu denunciava, na entrevista à Caros Amigos, o anonimato dos pareceristas. Recebi o troco mesquinho, como é o costume na corporação "dos ladrões roubados"(A. kojeve). É por tais motivos que, hoje, não me sinto motivado para sair em público para defesa dos colegas que tiveram suas bolsas cortadas, por falta de verbas, no CNPq e em outras agências. Sofri a perseguição e sei, agora, o nome dos perseguidores. Basta, para mim, que eles saibam o que fizeram. E o castigo involuntário que recebem. Roberto Romano



Pensamento e
monstruosidade.

https://www.revistas.usp.br/revusp/article/viewFile/35285/38005

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