Falta trabalho para 26,5 milhões de brasileiros, diz IBGE
O indicador fechou o ano em 23,8% e inclui pessoas que não tinham emprego e estavam procurando, que trabalham menos de 40 horas por semana e aqueles que estariam disponíveis para trabalhar
Daniela Amorim,
O Estado de S.Paulo
23 Fevereiro 2018 | 09h14
23 Fevereiro 2018 | 09h14
RIO - A taxa média de subutilização da força de trabalho no
ano de 2017 foi de 23,8%, ou seja, faltou trabalho, em média, para 26,5
milhões de pessoas no ano passado, segundo os dados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) trimestral,
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa composta de subutilização da força de trabalho
recuou de 23,8% no terceiro trimestre de 2017 para 23,6% no quarto
trimestre do ano. O resultado equivale a dizer que faltava trabalho para
26,4 milhões de pessoas no País no quarto trimestre do ano passado.
indicador inclui a taxa de desocupação (pessoas que não tinham
trabalho e estavam procurando), a taxa de subocupação por insuficiência
de horas (aqueles que trabalham menos de 40 horas por semana) e a taxa
da força de trabalho potencial (pessoas que não estão em busca de
emprego, mas estariam disponíveis para trabalhar). No quarto trimestre
de 2016, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa,
em 22,2%.
+ Ações trabalhistas caem mais de 50% após reformaEntre as unidades da Federação, no 4º trimestre de 2017,
o Piauí (40,7%), a Bahia (37,7%), Alagoas (36,5%) e Maranhão (35,8%)
apresentaram as maiores taxas de subutilização da força de trabalho e as
menores taxas foram em Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (14,3%), Rio
Grande do Sul (15,5%) e Rondônia (15,8%).A taxa de desocupação, que compreende as pessoas que não
tinham trabalho e estavam efetivamente procurando, no 4º trimestre
ficou em 11,8% e apresentou redução de 0,6 ponto percentual na
comparação com o 3º trimestre (12,4%) e ficou estatisticamente estável
frente ao 4º trimestre de 2016 (12,0%).Ainda na comparação com o 3º trimestre de 2017, houve
retração desse indicador em quase todas as regiões: Norte (de 12,2% para
11,3%), Nordeste (de 14,8% para 13,8%) e Sudeste (de 13,2% para 12,6%).
O Nordeste (13,8%), apesar da queda na comparação trimestral,
permaneceu com a maior taxa de desocupação entre todas as regiões. Na
comparação anual a taxa recuou nas Regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste, permanecendo estável no Sudeste e no Sul
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