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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

DOMINGOS TODERO

COMENTÁRIOS – UM PROJETO DE PAÍS DESENVOLVIDO, COMPLEXO, SOFISTICADO, CONTEMPORÂNEO, AVANÇADO, DEMOCRÁTICO, JUSTO, HUMANISTA E ÉTICO, 

POR DOMINGOS TODERO Tenho pensado muito, além de em propostas econômicas, sociais e políticas de curto e médio prazo, também na necessidade de pensarmos um projeto de longo prazo e estratégico para o Brasil, como forma de construirmos um País desenvolvido, complexo, sofisticado, contemporâneo, avançado, democrático, justo, humanista e ético. Também pela verificação histórica, mas igualmente pela constatação recente de que mesmo no âmbito da globalização fortemente marcada pelo neoliberalismo, pelo rentismo, pelas corporações e grandes interesses, e onde a interdependência entre os Países é relevante, os que avançaram e se demonstraram razoavelmente ‘vitoriosos’ foram os que apostaram em projetos nacionais consistentes, avançados, contemporâneos abrangentes, ancorados no curto, no médio e longo prazo, como também que tinham objetivos nítidos apontando também para as dimensões estratégicas. De regra também avançaram os que efetuaram esforços relevantes no sentido de fortalecer a complexidade, sofisticação e produtividade das suas economias e sociedades, conseguindo com isso uma inserção relevante no mundo. Para os avanços mencionados foram e são importantes o enfrentamento adequado e avançado na questão educacional, na ciência, na tecnologia, na inovação, na participação democrática, social e da cidadania, como forma de enfrentar o presente e também preparar o futuro. Tais sentidos trazem lições para construir uma economia e uma sociedade mais complexa, sofisticada, produtiva, desenvolvida, contemporânea, avançada, democrática, justa, humanista e ética.

No sentido apontado, tendo como destaque a área econômica, sugiro o exame e leitura da obra “Complexidade Econômica”, de Paulo Gala, publicado pela Contraponto, como também a consulta do “Atlas da Complexidade Econômica “ (http://atlas.media.mit.edu/pt/). Buscando ensinamentos notadamente nas experiências dos países mais desenvolvidos, complexos, sofisticados e produtivos, como forma encontrarmos referências no sentido de construirmos sociedades com mais de justiça social e bem estar social e humano, participação cidadã e espaços democráticos. Tais experiências e referências visam recolher elementos para construir projetos, diretrizes, políticas e atuações no âmbito das nações, das comunidades, das sociedades, das regiões e dos continentes. Tais exames são relevantes por que tivemos, também no âmbito das forças democráticas, progressistas, populares e de esquerda, não raro projetos, propostas, políticas e experiências precárias, limitadas, subdesenvolvidas e terceiro-mundistas nas dimensões econômicas, sociais, humanas, políticas, da participação social e desenvolvimento cultural – ou seja, distantes léguas da perspectiva do método Marx de buscar notadamente referências nos ‘pontos mais elevados’ e desenvolvidos, no âmbito planetário e dos continentes, mas também das nações, das comunidades, das sociedades e das regiões. Igualmente, no âmbito dessas forças, no âmbito brasileiro e mundial, temos em muitas situações o deslocar para das forças democráticas, progressistas, populares e de esquerda para posições liberais, social-liberais e mesmo conservadoras e atrasadas. É indispensável uma crítica ácida e contundente em relação a posições liberais, neoliberais, conservadoras, atrasadas e patrimonialistas, bem como autoritárias e conformadas com a injustiça, desumanidade, precarização e com a falta de ética.

Pois os que defenderam tais posições foram, especialmente no âmbito da economia e da sociedade, de regra apologistas do estado de coisas vigente e do predomínio de um desenvolvimento e de uma globalização notadamente montada para servir o rentismo, as corporações, as grandes fortunas e interesses e as elites mais exploradoras e predatórias. Sendo que os mesmos, na crise, tenderam a propor políticas precarizadoras, superexploração e de austeridade contra o povo. Igualmente constato que os que comungam com tais propostas e lições são de regra pouco propensos a ouvir e respeitar a sociedade e a busca de consensos mais amplos e relevantes. O que os torna não raro autoritários, prepotentes, atropeladores, como também manipuladores e maniqueístas, que não raro apresentam suas soluções e exames como caminhos indispensáveis e mesmo únicos. Os mesmos não poucas vezes se demonstram depreciadores de valores como a democracia, república, pluralidade, justiça social, solidariedade, fraternidade, desenvolvimento econômico e humano, legalidade, legitimidade, humanismo, verdade, civilidade e ética, como também depreciadores da institucionalidade, notadamente quando aberta para ouvir seriamente a cidadania e a opinião pública. Eles também se demonstram, não só hostis ao pensamento progressista, popular e de esquerda que questiona com radicalidade as injustiças vigentes, mas também se demonstram agressivos e depreciadores de um conservadorismo mais civilizado e de medidas social-democratizantes e/ou keynesianas, na medida que elas não propiciam a mais ampla lucratividade e mesmo exploração e precarização desejada. Eles não raro apresentam tais propostas, que percorreram e propiciaram amplos avanços nas sociedades notadamente no pós 2ª. Guerra Mundial, como populistas, demagógicas, irrealistas e mesmo atrasadas e pouco contemporâneas.

Pois contemporâneo para eles, suprema manipulação, seria a aceitação do vigente, da injustiça, da desigualdade, da precarização, da superexploração e da redução do bem estar social e dos índices de desenvolvimento humano. Quando o que verificamos, não raro, que ‘danaram-se’ muitos dos que seguiram os receituários propostos pelo consenso liberal, neoliberal e conservador - e que o Brasil e os países latino americanos, a despeito de avanços econômicos, sociais, políticos alcançados, regrediram em termos de complexidade e sofisticação econômica, como também vivem experiências desindustrialização e reprimarização. Consolidando com isso uma realidade desfavorável no sentido de conquistar maior desenvolvimento da complexidade e produtividade econômica, justiça, bem estar, e de soluções avançadas e contemporâneas, com isso também perdendo de regra espaço no mundo. Sendo também constatável que muitos outros países que inclusive tiveram menos relevância que o Brasil, ao seguirem caminhos diversos, conseguiram serem bem sucedidos e mesmo ‘vencedores’ no âmbito da globalização que vivemos. Em relação ao caso brasileiro deixo nítido que tenho severas críticas, notadamente no aspecto econômico, com os caminhos aqui seguidos, em demasiada sintonia com uma política conservadora e limitada que vigorou na chamada Nova República, tanto nos governos peemedebistas, como nos tucanos e petistas – embora também possamos encontrar entre os mesmos, em muitos aspectos relevantes, muitas diferenças. As politicas dos mesmos, de um lado, apresentaram avanços econômicos, sociais e políticos relevantes, e mesmo políticas inclusivas em favor dos segmentos mais pobres e miseráveis da população. Embora nem sempre conseguiram atender adequadamente, também em face do fenômeno da ampliação da precarização do trabalho, os trabalhadores e profissionais,

inclusive os melhores remunerados e mais capacitados, como também as camadas médias da população, a despeito das políticas inclusivas e de valorização do salário que alguns promoveram. A limitada equação antes referida foi inclusive trazida por segmentos socialdemocratas, progressistas e de esquerda, no início da década de 1990. Pessoalmente lembro da obra de um hoje senador, então petista, que explicitamente tinha isso como algo relevante como elemento essencial em uma tal reinvenção da esquerda: a justa preocupação com os miseráveis e com a inclusão, mas uma crítica a esquerda pelo peso dado as reinvindicações dos segmentos mais tradicionais e avançados da classe operária e das camadas médias. Quando li isso não consegui deixar de lembrar as lições do principal líder comunista da minha terra, profundamente crítico a visões terceiro-mundistas e a utopias que tinham como perspectiva a ‘igualdade na miséria’ e/ou a 'igualdade na frugalidade ou na penitência'. Ele, um belo dia, havia me advertido que eu andava associando demasiadamente o que de melhor a humanidade havia criado como ‘coisas da burguesia’, quando o ideal a ser buscado era, sempre que possível, que todos pudessem usufruir o que de melhor a humanidade havia criado. As mencionadas opções que aqui critico muitas vezes escondiam o objetivo de evitar conflitos mais relevantes com o rentismo, os grandes interesses e corporações e as grandes fortunas. E evitar trazer fortemente à luz, por exemplo, uma reforma tributária justa e adequada. Como também verifico que tais caminhos foram muitas vezes pródigos em desonerações tributárias e fiscais não raro desvinculadas de motivações consistentes baseadas no interesse público e da sociedade, de contrapartidas relevantes e muitas vezes sequer eram exigida alguma prestação de contas.

Bem como também tais opções não raro patrocinaram relevantes subvenções e auxílios, nem sempre distribuídas por critérios balizados pelo interesse público e nacional. Constato que as soluções peemedebistas, tucanas e petistas do período da Nova República também nos levaram, como já apontado, a regressão em termos de complexidade e sofisticação econômica, como também a desindustrialização e a reprimarização. Tal ocorreu, de um lado, devido a um razoável conformismo e dependência com receituários liberais, neoliberais e conservadores que se subordinaram de uma forma relevante a um sistema e a uma globalização que privilegia o rentismo, as corporações e as elites. De outro lado, também pela adesão a visões que não apostaram como deveriam no sentido de elaborar um projeto nacional onde tivéssemos desenvolvimento econômico, social, político e comportamental, democrático, plural, complexo, sofisticado, justo, avançado e contemporâneo, seja pela predominância da visão liberal, atrasada e conservadora acima citada, seja pela predominância e peso de visões atrasadas, terceiro mundista e conciliatórias presentes em largos segmentos das forças democráticas, progressistas, populares e de esquerda. Porto Alegre-RS, 06 de outubro de 2017. Domingos Roberto Todero E-mail: domingos.todero@gmail.com e toderodomingos@gmail.com


 COMENTÁRIOS – UM PROJETO DE PAÍS DESENVOLVIDO, COMPLEXO, SOFISTICADO, CONTEMPORÂNEO, AVANÇADO, DEMOCRÁTICO, JUSTO, HUMANISTA E ÉTICO, POR DOMINGOS TODERO 

Tenho pensado muito, além de em propostas econômicas, sociais e políticas de curto e médio prazo, também na necessidade de pensarmos um projeto de longo prazo e estratégico para o Brasil, como forma de construirmos um País desenvolvido, complexo, sofisticado, contemporâneo, avançado, democrático, justo, humanista e ético. 

Também pela verificação histórica, mas igualmente pela constatação recente de que mesmo no âmbito da globalização fortemente marcada pelo neoliberalismo, pelo rentismo, pelas corporações e grandes interesses, e onde a interdependência entre os Países é relevante, os que avançaram e se demonstraram razoavelmente ‘vitoriosos’ foram os que apostaram em projetos nacionais consistentes, avançados, contemporâneos abrangentes, ancorados no curto, no médio e longo prazo, como também que tinham objetivos nítidos apontando também para as dimensões estratégicas. 

De regra também avançaram os que efetuaram esforços relevantes no sentido 
de fortalecer a complexidade, sofisticação e produtividade das suas economias e sociedades, conseguindo com isso uma inserção relevante no mundo. 

Para os avanços mencionados foram e são importantes o enfrentamento adequado e avançado na questão educacional, na ciência, na tecnologia, na inovação, na participação democrática, social e da cidadania, como forma de enfrentar o presente e também preparar o futuro. 
Tais sentidos trazem lições para construir uma economia e uma sociedade mais complexa, sofisticada, produtiva, desenvolvida, contemporânea, avançada, democrática, justa, humanista e ética. 

No sentido apontado, tendo como destaque a área econômica, sugiro o exame e leitura da obra “Complexidade Econômica”, de Paulo Gala, publicado pela Contraponto, como também a consulta do “Atlas da Complexidade Econômica “ (http://atlas.media.mit.edu/pt/). 

Buscando ensinamentos notadamente nas experiências dos países mais desenvolvidos, complexos, sofisticados e produtivos, como forma encontrarmos referências no sentido de construirmos sociedades com mais de justiça social e bem estar social e humano, participação cidadã e espaços democráticos. 

Tais experiências e referências visam recolher elementos para construir projetos, diretrizes, políticas e atuações no âmbito das nações, das comunidades, das sociedades, das regiões e dos continentes. 

Tais exames são relevantes por que tivemos, também no âmbito das forças democráticas, progressistas, populares e de esquerda, não raro projetos, propostas, políticas e experiências precárias, limitadas, subdesenvolvidas e terceiro-mundistas nas dimensões econômicas, sociais, humanas, políticas, da participação social e desenvolvimento cultural – ou seja, distantes léguas da perspectiva do método Marx de buscar notadamente referências nos ‘pontos mais elevados’ e desenvolvidos, no âmbito planetário e dos continentes, mas também das nações, das comunidades, das sociedades e das regiões. 

Igualmente, no âmbito dessas forças, no âmbito brasileiro e mundial, temos em muitas situações o deslocar para das forças democráticas, progressistas, populares e de esquerda para posições liberais, social-liberais e mesmo conservadoras e atrasadas. 

É indispensável uma crítica ácida e contundente em relação a posições liberais, neoliberais, conservadoras, atrasadas e patrimonialistas, bem como autoritárias e conformadas com a injustiça, desumanidade, precarização e com a falta de ética. 
Pois os que defenderam tais posições foram, especialmente no âmbito da economia e da sociedade, de regra apologistas do estado de coisas vigente e do predomínio de um desenvolvimento e de uma globalização notadamente montada para servir o rentismo, as corporações, as grandes fortunas e interesses e as elites mais exploradoras e predatórias. 

Sendo que os mesmos, na crise, tenderam a propor políticas precarizadoras, superexploração e de austeridade contra o povo. 
Igualmente constato que os que comungam com tais propostas e lições são de regra pouco propensos a ouvir e respeitar a sociedade e a busca de consensos mais amplos e relevantes. 

O que os torna não raro autoritários, prepotentes, atropeladores, como também manipuladores e maniqueístas, que não raro apresentam suas soluções e exames como caminhos indispensáveis e mesmo únicos. 

Os mesmos não poucas vezes se demonstram depreciadores de valores como a democracia, república, pluralidade, justiça social, solidariedade, fraternidade, desenvolvimento econômico e humano, legalidade, legitimidade, humanismo, verdade, civilidade e ética, como também depreciadores da institucionalidade, notadamente quando aberta para ouvir seriamente a cidadania e a opinião pública. 

Eles também se demonstram, não só hostis ao pensamento progressista, popular e de esquerda que questiona com radicalidade as injustiças vigentes, mas também se demonstram agressivos e depreciadores de um conservadorismo mais civilizado e de medidas social-democratizantes e/ou keynesianas, na medida que elas não propiciam a mais ampla lucratividade e mesmo exploração e precarização desejada. 

Eles não raro apresentam tais propostas, que percorreram e propiciaram amplos avanços nas sociedades notadamente no pós 2ª. Guerra Mundial, como populistas, demagógicas, irrealistas e mesmo atrasadas e pouco contemporâneas. 

Pois contemporâneo para eles, suprema manipulação, seria a aceitação do vigente, da injustiça, da desigualdade, da precarização, da superexploração e da redução do bem estar social e dos índices de desenvolvimento humano. 

Quando o que verificamos, não raro, que ‘danaram-se’ muitos dos que seguiram os receituários propostos pelo consenso liberal, neoliberal e conservador - e que o Brasil e os países latino americanos, a despeito de avanços econômicos, sociais, políticos alcançados, regrediram em termos de complexidade e sofisticação econômica, como também vivem experiências desindustrialização e reprimarização. 

Consolidando com isso uma realidade desfavorável no sentido de conquistar maior desenvolvimento da complexidade e produtividade econômica, justiça, bem estar, e de soluções avançadas e contemporâneas, com isso também perdendo de regra espaço no mundo. 

Sendo também constatável que muitos outros países que inclusive tiveram menos relevância que o Brasil, ao seguirem caminhos diversos, conseguiram serem bem sucedidos e mesmo ‘vencedores’ no âmbito da globalização que vivemos. 

Em relação ao caso brasileiro deixo nítido que tenho severas críticas, notadamente no aspecto econômico, com os caminhos aqui seguidos, em demasiada sintonia com uma política conservadora e limitada que vigorou na chamada Nova República, tanto nos governos peemedebistas, como nos tucanos e petistas – embora também possamos encontrar entre os mesmos, em muitos aspectos relevantes, muitas diferenças. 

As politicas dos mesmos, de um lado, apresentaram avanços econômicos, sociais e políticos relevantes, e mesmo políticas inclusivas em favor dos segmentos mais pobres e miseráveis da população.

Embora nem sempre conseguiram atender adequadamente, também em face do fenômeno da ampliação da precarização do trabalho, os trabalhadores e profissionais, 

inclusive os melhores remunerados e mais capacitados, como também as camadas médias da população, a despeito das políticas inclusivas e de valorização do salário que alguns promoveram. 
A limitada equação antes referida foi inclusive trazida por segmentos socialdemocratas, progressistas e de esquerda, no início da década de 1990. 

Pessoalmente lembro da obra de um hoje senador, então petista, que explicitamente tinha isso como algo relevante como elemento essencial em uma tal reinvenção da esquerda: a justa preocupação com os miseráveis e com a inclusão, mas uma crítica a esquerda pelo peso dado as reinvindicações dos segmentos mais tradicionais e avançados da classe operária e das camadas médias. 
Quando li isso não consegui deixar de lembrar as lições do principal líder comunista da minha terra, profundamente crítico a visões terceiro-mundistas e a utopias que tinham como perspectiva a ‘igualdade na miséria’ e/ou a 'igualdade na frugalidade ou na penitência'. 
Ele, um belo dia, havia me advertido que eu andava associando demasiadamente o que de melhor a humanidade havia criado como ‘coisas da burguesia’, quando o ideal a ser buscado era, sempre que possível, que todos pudessem usufruir o que de melhor a humanidade havia criado. 
As mencionadas opções que aqui critico muitas vezes escondiam o objetivo de evitar conflitos mais relevantes com o rentismo, os grandes interesses e corporações e as grandes fortunas. E evitar trazer fortemente à luz, por exemplo, uma reforma tributária justa e adequada. 
Como também verifico que tais caminhos foram muitas vezes pródigos em desonerações tributárias e fiscais não raro desvinculadas de motivações consistentes baseadas no interesse público e da sociedade, de contrapartidas relevantes e muitas vezes sequer eram exigida alguma prestação de contas. 
Bem como também tais opções não raro patrocinaram relevantes subvenções e auxílios, nem sempre distribuídas por critérios balizados pelo interesse público e nacional. 
Constato que as soluções peemedebistas, tucanas e petistas do período da Nova República também nos levaram, como já apontado, a regressão em termos de complexidade e sofisticação econômica, como também a desindustrialização e a reprimarização. 
Tal ocorreu, de um lado, devido a um razoável conformismo e dependência com receituários liberais, neoliberais e conservadores que se subordinaram de uma forma relevante a um sistema e a uma globalização que privilegia o rentismo, as corporações e as elites. 
De outro lado, também pela adesão a visões que não apostaram como deveriam no sentido de elaborar um projeto nacional onde tivéssemos desenvolvimento econômico, social, político e comportamental, democrático, plural, complexo, sofisticado, justo, avançado e contemporâneo, seja pela predominância da visão liberal, atrasada e conservadora acima citada, seja pela predominância e peso de visões atrasadas, terceiro mundista e conciliatórias presentes em largos segmentos das forças democráticas, progressistas, populares e de esquerda. 
Porto Alegre-RS, 06 de outubro de 2017. 
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toderodomingos@gmail.com 



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