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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Jeffrey Sachs. “Graças a Deus que existe Francisco ihu unisinos

O economista norte-americano Jeffrey Sachs, consultor sênior da Secretaria-Geral das Nações Unidas, visitou a Argentina há alguns dias e destacou o papel de Jorge Bergoglio no cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) fixados pelas Nações Unidas até 2030.

A reportagem é publicada por Religión Digital, 28-11-2017. A tradução é de André Langer.

“Graças a Deus que existe o Papa Francisco, porque ele pode captar a atenção” do mundo para “quão importante” é, para a humanidade, “o cumprimento desses objetivos com metas até 2030”, disse o economista.

O profissional fez essas declarações em um encontro com o chanceler da Pontifícia Academia das Ciências do Vaticano, o argentino dom Marcelo Sánchez Sorondo e autoridades da Cátedra do Diálogo e da Cultura do Encontro, um espaço acadêmico e plural da Argentina, inspirado pelo pontífice.

Sachs esclareceu, além disso, em Buenos Aires, que os Estados Unidos “não se retiraram do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas”, mas que o presidente desse país, Donald Trump, disse que “quer sair em 2020”, depois do que o assessor sênior das Nações Unidas advertiu: “Vamos ganhar essa luta contra Donald Trump e vamos manter os Estados Unidos dentro do Acordo de Paris”.

Na sequência, assegurou que a Argentina “desempenhará o papel principal no cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável em 2018”, ao recordar que exercerá a presidência do G-20 no próximo ano, razão pela qual terá que zelar pelos trabalhos relacionados com as “metas globais” da Agenda 2030.

“Graças a Deus que existe o Papa Francisco, porque ele pode captar a atenção (do mundo), e o que ele está dizendo (sobre o meio ambiente) é muito importante. Esta é uma grande oportunidade para ajudar as pessoas com vistas a que possam concentrar-se nesses pontos (nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável)”, reiterou Sachs.

Na reunião, o Diretor-Geral da Cátedra do Diálogo e da Cultura do Encontro, Luis Liberman, disse que “isso justifica este encontro: a possibilidade de começar a pensar em linhas gerais de caminhos comuns”.

Francisco, na encíclica Laudato Si’, faz referência ao cuidado da Casa Comum. Impulsiona-nos para uma mudança necessária e propõe claramente vários objetivos que deveriam tornar-se políticas de Estado e que estão vinculados com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, disse Liberman.

O diretor da Cátedra, amigo do Papa, também enfatizou que “os eixos da Cátedra estão vinculados” com a resolução chamada “Transformar nosso mundo”, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro de 2015 e que contém a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Sachs, por sua vez, disse que “os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável são uma ótima oportunidade para a Argentina”, e argumentou: “Aqui vocês têm uma grande possibilidade de desenvolvimento de energia renovável; vocês podem tocar esta economia sem emissões de carbono”.

“A agricultura sustentável, o ponto 2 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, é uma ótima oportunidade para o país. Vocês precisam vê-la como uma oportunidade para que a Argentina seja mais justa e mais competitiva em nível mundial”, acrescentou.

Depois desse encontro, o economista americano, acompanhado por Sánchez Sorondo e pelas autoridades da Cátedra, fez uma exposição no Congresso da Associação Internacional da Água (IWA, por sua sigla em inglês) e sua dissertação teve como título “Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a Agenda da Água. Uma visão a partir da Laudato Si’”.

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